Através Decreto
Lei n º 5.452, de 1º de maio de 1943, foi aprovada a Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT) com o intuito de regulamentar as relações de trabalho,
garantindo direitos e deveres dos/as trabalhadores/as, bem como limites às
empresas que até então agiam conforme bem entendesse.
Embora criada
por Decreto presidencial, a CLT é resultado das lutas coletivas, e tem dentre
as principais conquistas o registro em Carteira de Trabalho, fixação da jornada
e descanso, férias, a criação da Justiça do Trabalho etc.
Porém, há muito,
a classe patronal vem tentando através de seu poder financeiro, político e
midiático, diminuir os direitos existentes sob a alegação do alto custo da
mão-de-obra no Brasil, o que impediria o crescimento do país. E, nos últimos
anos com a crise mundial, vem numa grande ofensiva para conseguir
“flexibilizar” as leis trabalhistas.
Apesar do termo
flexibilização não aparentar, significa
não apenas redução de direitos, mas também a precarização das relações de
trabalho e emprego. Afinal, o que prevalecerá sempre será a vontade da empresa
diante da necessidade do trabalhador, que terá de se sujeitar a qualquer coisa
para conseguir um emprego. Podendo até gerar um “leilão” de quem recebe menos para ser contratado!
Apesar do
exagero (?) sobre o tal “leilão”, a verdade é que as empresas já vêm burlando -
embora com respaldo legal - a CLT. Trata-se da transformação dos trabalhadores
com carteira assinada em prestadores de serviço através de sua transformação em
Pessoa Jurídica (PJ).
Na prática,
significa a retirada de TODOS os direitos trabalhistas que ficavam a cargo da
empresa, inclusive 13º salário e férias, já que se trataria de uma empresa -
mesmo que apenas na pessoa do trabalhador -, não se aplicando a CLT ou qualquer
outro direito garantido.
Os
trabalhadores têm que se posicionar contra a flexibilização da CLT e permanecer
na luta pela conquista de novos direitos. Diferentemente do que prega o
empresariado – incluindo aí a grande mídia, que também tem interesse na
precarização das relações de emprego – não são os direitos trabalhistas que
impedem o crescimento do país, mas outros fatores dentre os quais o excesso da
mais valia, no lucro das empresas.
Ainda há muito pelo que lutar. Hoje, 1o de Maio o comércio de Maceió só não abriu suas portas graças a CUT, que foi às ruas para impedir. A exploração é grande. Vamos à luta!
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